domingo, 12 de abril de 2009

Rodrigo's Site: Como me Fudi por Completo no Show dos Los Hermanos


Peguei este texto no Lágrima Psicodélica.

Vale apena perder um tempinho e ler. Além de inteligente é bem hilário.

Gustavo postou no Lágrima

http://www.lagrimapsicodelica.blogspot.com/

e pegou o texto neste site aqui:

Rodrigo's Site

http://juvenal.multiply.com/journal


COMO ME FUDI POR COMPLETO NO SHOW DOS LOS HERMANOS


Voltei para o Brasil há pouco tempo. Vivia com minha família na Inglaterra desde garoto. Estou morando no Rio de Janeiro há uns três meses e agora estou começando a me enturmar na Universidade. Não sei de muita coisa do que está rolando por aqui, então estou querendo entrar em contato com gente nova e saber o que tá acontecendo no meu país e, principalmente, entrar em contato umas garotas legais, né?Mas foi meio por acaso que eu conheci uma menina maneiríssima chamada Tainá. Diferente esse nome, hein? Nunca tinha ouvido. Estava procurando desesperadamente um banheiro no campus quando vi uma porta que parecia ser a de um. Na verdade, era o C.A. da Antropologia. A garota já foi logo me perguntando se eu queria me registrar em algum movimento estudantil de não sei lá o que. Que bacana! Que politizada ela era! E continuou a me explicar a importância de eu me conscientizar enquanto enrolava em beque da grossura de uma garrafa térmica. Pensei em dizer que estava precisando cagar muito rápido, mas ela era tão gata que eu falei que sim. Tainá: cabelos pretos, baixinha e com uma estrutura rabial nota dez… Aí, acho que ela me deu um certo mole… Conversa vai, conversa vem, ela me chamou para um show de uma banda naquela noite que eu nunca tinha ouvido falar: Loser Manos. Nome engraçado esse! Estava fazendo uma força sobre-humana para manter a moréia dentro da caverna, mas realmente tava foda. Continuamos conversando e rindo. Ela riu até bastante, mas eu, na verdade, tava mesmo rilhando os dentes porque assim ficava mais fácil disfarçar as contrações faciais que eu estava tendo ao travar o meu cu para não cagar ali mesmo na frente dela.Pensando bem, eu tinha ouvido falar sim alguma coisa sobre essa banda lá na Europa ainda, mas não lembro bem o quê. Ah, acho que vi esses caras hoje no noticiário local dando uma entrevista. Achei que fosse uma banda de crentes tradicionalistas tipo Amish.Todos de barba, com umas roupas meio fudidas. Parecia até a Família Buscapé! Dão a impressão de ser uns sujeitos legais, mas o que me chamou a atenção mesmo foi o jeito da repórter, como se fosse a fã nº 1 deles, como se estivesse cobrindo a volta do Beatles ou coisa parecida. Não entendi esse jeito “vibrão” de trabalhar. Bom, mas se eu conseguir ficar com o bicho bom da Tainá hoje à noite, já tô no lucro! Marcamos de nos encontrar na entrada do ginásio. Rapaz, acho que tô dando sorte aqui no Brasil!Ia ser fácil achar essa garota no meio da multidão. Ela se veste de uma maneira estilosa, diferente, bem individual: sandália de dedo, saia indiana, camiseta de alça, uma bolsa a tiracolo e o mais interessante: um óculos retangular, de armação escura e grossa, engraçado até! Depois de uns mil “Desculpe, achei que você fosse uma amiga minha.”, finalmente encontrei Tainá e seu grupo de amigos. Cacete, isso sim é que é moda! Parecia uniforme de escola!Ela me apresentou suas amigas, Janaína e Ana Clara e seus respectivos namorados, Francisco e Bento. Uma mistura de fazendeiros com intelectuais. Um cara de macacão, de sandália de pneu e com ar professoral. Outro de colete, tênis adidas, óculos e também com ar professoral. Pareciam ser legais, “do bem” como eles mesmo falam… Mas que não me deram muita conversa. “Do bem”, isso mesmo! Gíria nova… Todos aqui são “do bem”. E que nomes tão simples e idílicos! Janaína, Ana Clara, Francisco, Bento e Tainá. Nada de Rogérios ou Robertos. E eu que já tava me sentindo meio culpado por me chamar Washington… Realmente estava no meio de uma nova época da juventude universitária brasileira!Comecei a conversar com a Tainá antes que a banda entrasse no palco. Aí… acho que tá rolando uma condição até! Quem sabe posso me dar bem hoje? Ela começou a falar de música: “De quem você é fã?”, perguntou. Pô, eu me amarro no George…” Ela imediatamente me interrompeu, dizendo alto: “Seu Jorge? Eu também amo o Seu Jorge!” Puxa, que legal! Ela gosta tanto do George Harrison que se refere a ele com uma intimidade única! Chama ele de “Seu”! Seu Jorge! Isso é que é fã! “Legal você já conhecer ele, hein? Eu sabia que ele ia se dar bem na Europa! O Seu Jorge é um gênio!” , ela emendou. Pô, eu morava na Inglaterra. Como eu não ia conhecer o George Harrison?Essa eu não entendi…Depois ela perguntou quais bandas que eu gostava. “Eu curtia aquela banda da Bahia…”.“Ah, Os Novos Baianos, né?? Adoro também!” “Não, Camisa de Vênus! “Silvia! Piranha!” cantei, rindo. A cara que ela fez foi de quem tinha bebido um balde de suco de limão com sal. Senti que ela não gostou muito da piada. Tentei consertar: “Achava eles engraçados, mas era coisa de moleque mesmo, sabe?” Óbvio que não funcionou… Aí, acho que dei um fora…Depois, Tainá foi me explicando que o tal Loser Manos é a melhor banda do Brasil, etc., etc., etc., e que eles “promovem um resgate da boa música brasileira”. “Tipo Os Raimundos com o forró?”, perguntei. “Claro que não!”, disse ela meio exaltada! Ela me falou que não se pode comparar os Los Hermanos com nada porque “eles são únicos”, apesar de hoje existirem excelentes artistas já reverenciados pela mídia do Rio de Janeiro como Pedro Luis e a Parede, Paulinho Moska, O Rappa, Ed Motta, Orquestra Imperial, Max de Castro, Simoninha e Farofa Carioca. Ela mencionou também “Marginalia” ou coisa parecida. Foi isso mesmo que eu ouvi? Achei que ela estivesse elogiando eles… Esses foram os nomes artísticos mais escrotos que já tinha ouvido, mas fiquei quieto. Fico feliz em saber sobre essa nova onda musical pois quando sai do Brasil o que fazia sucesso no Rio era Neuzinha Brizola e seu hit “Mintchura”. Ainda bem que tudo mudou, né?Só depois percebi que o nome da banda é em espanhol: Los Hermanos. Ah bom! Mas se eles são tão brasileiros assim porque não se chamam “Os Irmãos”? Quando saí daqui os nomes de muitas bandas costumavam ser em inglês e até em latim. Ainda bem que essa moda de nomes de bandas em espanhol não pegou no Brasil!Pelo que me lembro, ao explicar qual é a dos “Hermanos”, ela usou a expressão “do bem” umas 37 vezes e disse que eles falam de romantismo, lirismo, samba e circo. Legal, mas circo? Pô, circo é foda! Uma tradição solidificada nos tempos medievais que ganha dinheiro maltratando animais. Onde está a poesia de ver um urso acorrentado pelo pescoço tentando se equilibrar miseravelmente em cima de uma bola enquanto é puxado por um cara com um chicote na mão? Rá, rá, rá… Engraçado pra caralho! Na boa, circo é meio deprimente. Palhaço de circo só troca tapão na cara e espirra água nos olhos dos outros com flor de lapela e quando sai do picadeiro, vai chorar no camarim. Que merda! A única coisa legal no circo mesmo é quando ele pega fogo! Isso sim que é um espetáculo de verdade! Aquela correria toda, etc. Senti que essa galera se amarra em circo. Não faz sentido se eles são tão politicamente corretos assim, né? E os pobres animais? E eu querendo não passar em branco na conversa com a Tainá, mas não conseguia lembrar de jeito nenhum a única coisa que eu sabia sobre a banda… Cacete…! O que era mesmo?De repente, uma gritaria histérica! O show tava começando! O ginásio veio a baixo! Perguntei pra ela: “Eles são todo irmãos, né, tipo o Hanson?” Ela disse um “não” esquisito, como se eu tivesse debochando. Todos eles usam uma barba no estilo Velho Testamento e se chamam “Los Hermanos”! O que ela queria que eu pensasse? Após ouvir a primeira música deu pra ver que os caras são profissionais mesmo, tocam muito bem e são completamente idolatrados pelo público, para dizer o mínimo. Fiquei prestando atenção ao show. Pô, as músicas são boas! Dá pra ver uma influência de Weezer, Beatles e Chico Buarque. Esse aí é fodão, excelente compositor mesmo. Lá na Inglaterra conhecia uns caras que eram ligados ao movimento “Dark”, como chamam por aqui. São os sujeitos que gostam de The Cure, Bauhaus, Sister of Mercy, etc. E tem a maior galera aqui no Brasil também que se veste de preto, não toma sol, curte um pessimismo niilista e se amarra nessas bandas. Mas se eles sacassem que o Chico Buarque é o genuíno artista “Dark” brasileiro… Pô, é só ouvir as músicas dele pra perceber: “Morreu na contra-mão atrapalhando o tráfego” ou “O tempo passou na janela é só Carolina não viu”. “Pai, afasta de mim esse cálice, de vinho tinto de sangue” ou “Taca pedra na Geni, taca bosta na Geni, ela é boa pra apanhar, ela é boa de cuspir, ela dá pra qualquer um, maldita Geni”. Tudo alegrão, né? Se eu fosse dark, só ia ouvir Chico Buarque, brother!Tentei reengatar a conversa dizendo que achava ao baixista o melhor músico dos Los Hermanos. Ela respondeu, meio irritada: “Mas ele não é da banda!” Como eu ia saber? O cara tem barba também! Aí, não tô entendendo mais nada…Adiante, ela me disse que o cara que ela mais gostava na banda era um tal de Almirante. Depois de alguns minutos deu pra ver que o camarada imita um pouco os trejeitos do Paul McCartney, só que em altíssima rotação. Ele fica se contorcendo feito um maluco enquanto os outros ficam estáticos. É engraçado até! Parece que ele tem uma micose num lugar difícil de coçar! E fica falando e rindo direto. Ele é o irmão gaiato do cara que canta a maioria das músicas, o tal de Marcelo Campelo, como anunciaram no noticiário local hoje. Isso mesmo, Marcelo e Almirante Campelo: “Os Irmãos”! Legal! Já tava me inteirando! Ah, e tem também dois gordinhos de barba que estão lá também, mas devem ser filhos de outro casamento…Tava um calor desgraçado, coisa que eu realmente não estou mais acostumado. Fui rapidão ao bar pra beber alguma coisa. Comprei umas quatro latas de refrigerante que era o único troço que tava gelado para oferecer para meus novos amigos: “Aí, trouxe umas coca-colas pra vocês!” Ouvi a seguinte resposta: “Coca-Cola? Isso é muito imperialista… Guaraná é que é brasileiro!” Puxa, que pessoal politizado… Isso mesmo, viva o Brasil! “Yankees, go home”, rá, rá! Outro fora que eu dei! Mas, pensando bem, eles não usam o Windows e o Word pra fazer trabalhos da universidade? Ou usam o “Janelas”? Dessas coisas gringas não é tão mole de abrir mão, né? Mais fácil não tomar Coca-Cola! Isso sim que é ativismo estudantil consciente! Posicionamentos políticos à parte, tava quente pra burro, então bebi tudo sob o olhar meio atravessado de todos eles… fazer o quê?Lá pelas tantas, começou uma música e todo mundo berrou e pulou. Parecia o fim do mundo. Logo nos primeiros acordes, reconheci o som e falei pra Tainá: “Ah, eu sei o que é isso! É um cover do Weezer! Me amarro em Weezer!” Ela olhou pra mim com uma cara indignada e disse: “Que Weezer o quê? O nome dessa música é “Cara Estranho”. Já vi que não gostou de novo… Mas quem sou eu pra dizer algum coisa aqui, né? Porra, mas que parece, parece! Mas o que era mesmo que eu não consigo lembrar de jeito nenhum sobre eles? Acho que conheço alguma outra música deles… Só não consigo dizer qual…Sabia que se eu quisesse me dar bem logo com a Tainá teria que ser entre uma música e outra pois parecia que ela estava vendo um disco voador pousar enquanto os caras tocavam. Resolvi fazer uma piada pra descontrair, que sempre rola em shows. Quando o Campelo tava falando alguma coisa qualquer, berrei: “Filha da putaaaaaaaaaa!” Pra que? Tainá e sua milícia hermanista me deram uma cutucada monstra na costela que me fez enxergar em preto e branco uns 5 minutos! Pô, todo show alguém grita isso! É quase uma tradição até! Eu me amarro no cara! E é só uma piada! Aí, esse pessoal leva tudo muito a sério! Caralho… Pensei em pegar uma camisinha da minha carteira e fazer um balão e jogar pra cima, como rola em todo show, pra mostrar pra Tainá que eu sou uma cara consciente, tipo: “Aí, Tainazão, se tu se animar, eu tô preparado!”, mas depois dessa vi que senso de humor não é o forte dessa galera…O tempo tava passando e nada de eu ficar com minha nova amiguinha. Quando fui tentar falar uma coisa no ouvido dela, foi o exato momento em que começou uma outra música. Foi aí que a louca deu um grito e um pulão tão altos que eu levei uma cabeçada violenta bem no meio do meu queixo! Ela não sentiu nada, óbvio, pois estava em transe hipnótico só por causa de uma canção sobre a beleza de ser palhaço ou lirismo do samba ou qualquer outra coisa do gênero. A porrada foi tão forte que eu mordi um pedaço da língua. Minha boca encheu d´água e sangue na hora. Enquanto eu lutava pra não desmaiar, instintivamente enfiei a manga da minha camisa na boca pra estancar o sangue e não cuspir tudo em cima de Ana Claudia e Jandaína or something. Só que estava tão tonto com a cabeçada que tive que me segurar em uma ou outra pessoa pra não cair duro no chão. Foi quando ouvi: “Nossa, que horror! Lança-perfume! Esse playboy tá doidão de lança! Que decadência…” Lança-perfume? Cara, lógico que não! E mesmo que tivesse, todo show tem isso! Mas nesse, não pode. É “do bem”. É feio ter alguém cheirando loló!! Pô, todo show que eu fui na vida tinha alguém movido a clorofórmio. Aqui, não. Que merda…Babei na minha camisa até o ponto dela ficar ensopada! Fui ao banheiro tentar me recuperar do cacete que tomei. Lavei o rosto e tirei a camisa. Quando voltava passei por uma galera e ouvi resmungarem alguma coisa do tipo: “…e esse mala aí sem camisa…” Porque não se pode tirar a camisa num show? Isso aqui não é só uma apresentação de uma banda? Parecia que eu ainda estava na Europa! Regulões do caralho… E, afinal, o que significa “mala”?Estava enxergando tudo embaçado e notei que minhas lentes de contato tinham saltado pra longe com a cabeça-aríete de Tainá e esmagadas por centenas de sandálias de dedo. Lembrei que sempre levo um par de lentes extras no bolso. É uma parada moderna que eu achei lá em Londres. Um estojo ultrafino com uma película de silicone transparente dentro que mantém as lentes umedecidas e prontas para uso. Abri o estojo e peguei cuidadosamente a película com as duas mãos e elevei-a contra a luz para conseguir achar as lentes. Estiquei os polegares e indicadores, encostando uns nos outros, para abrir a película entre esses dedos. Balançava o negócio levemente, de um lado para o outro, contra a pouca luz que vinha do palco para conseguir localizar as lentes. Não estava enxergando nada direito! Quando tava lá com as mãos pra cima, fazendo uma força absurda pra achar as lentes, um dos caras legais com nomes simples, me deu um puta safanão no ombro. É claro que o silicone voou longe também… Caralho, minhas lentes! Custaram uma fortuna! Que filho da puta! “Que sinal é esse que tu fazendo aí, meu irmão? Tá desrespeitando as meninas?”“Que sinal?? Que sinal??”, respondi, assustado!“De buceta, palhaço!”, apertando o meu braço que nem um aparelho de pressão desregulado. “Você tá no show do Los Hermanos, ouviu? Los Hermanos! Ninguém faz sinal de buceta em um show do Los Hermanos, sacou?”, gritou o tal hipponga na minha cara.Que viado, eu não tava fazendo nada! Parecia uma freira de colégio! Que lance é essa de buceta? Da onde esse prego tirou isso? As meninas… (Perái! Menina? A mais nova aí tem uns 25!) ficaram me olhando com a cara mais escrota do mundo! A essa altura, já tinha percebido que não ia agarrar a Tainá nem que eu fosse o próprio Caetano Veloso! “Bento”, que nome mais ridículo… Isso aqui é um show ou uma reunião de alguma seita messiânica escolhida para repovoar a Terra?Caramba, que noite infernal! Tava com a língua sangrando, sem enxergar direito, só de calça, arrotando sem parar e puto da vida porque só tinha aceitado vir aqui por causa de mulher. Estava no meu limite. Isso era um show ou uma convenção do Santo Daime? Que patrulhamento! E, de repente, vejo Tainá e seus amigos olhando pra mim atravessado e cantando a seguinte frase: “Quem se atreve a me dizer do que é feito o samba?” Aí foi demais! Eu me atrevo: Ritmo, melodia e harmonia. Pronto, só isso! Mais nada! Olha só: foda-se o samba, foda-se o circo, foda-se a obsessão por barba da família Campelo e, principalmente, foda-se essa galera “do bem” que está aqui!”Apesar de tudo, a banda é realmente excelente! O que incomoda mesmo é esse público metido a politicamente correto e patrulhador e a imprensa que força a barra pra vender alguma imagem hipertrofiada do que rola de verdade. Esse climão de festival antigo de música popular brasileira, daqueles com imagens em preto e branco, com todo mundo participando, que volta e meia reprisam na tv, tudo lindo e maravilhoso. “Puxa vida, um novo movimento musical brasileiro!”? “Estamos realmente resgatando a nossa cultura!” ? Que exagero… Ei, é só música pop! MÚSICA POP!Caralho, finalmente lembrei! Eu conheço uma música deles! Ouvi em Londres!Numa última tentativa de salvar meu filme com Tainá, na hora do bis, berrei bem alto: “TOCA ANA JULIA!” Só acordei no hospital. Tomei tanta porrada que vou ter que fazer uma plástica pra tirar as marcas de pneu da minha cara! Fui pisoteado! Neguinho ficou puto! Qual é o problema com essa música? Me lembro de estar sendo chutado pela elite dos estudantes universitários brasileiros e da própria Tainá, gritando e me dando um monte de bolsadas na cabeça! Que porra louca! Tentaram me linchar! Ofendi todo mundo! Pô, Ana Julia é uma música boa sim! É um pop bem feito! Se não fosse, o “Seu Jorge” Harrison não teria gravado, né? Se ele não entende de música, quem entende? Me disseram depois que o tal Campelo se retirou do palco chorando, magoado, e o outro irmão mais novo dele, o nervosinho que imita o Paul McCartney, pulou do palco pra me bicar também. Do bem? Do bem é o cacete…Aí, sinceramente, ainda prefiro o show do Camisa de Vênus…

sábado, 11 de abril de 2009

PÁSCOA



A Páscoa simboliza a resurreição e espero que estejamos todos a partir de hoje ligados a um novo mundo cheio de paz e alegria e pra não ser utopia que se concretize este desejo.
Uma Páscoa Maravilhosa a Todos

sábado, 4 de abril de 2009

NOVA DEFINIÇÃO DE ALGUMAS PALAVRAS(Humor)


FERNANDO KITZINGER DANNEMANN


ABISMADO: sujeito que caiu em algum abismo.
ABREVIAÇÃO: ato de abrir o escritório da empresa de ônibus.
ABREVIATURA: ato de abrir um carro da polícia.
AÇUCAREIRO: vendedor de açúcar acima da tabela.
ACUMULADOR: sistema que acumula sensações doloridas.
ADVERSÁRIO: data natalícia do sujeito fanho.
ADUBAR: a garçonete do boteco, quando fala sobre ela.
AGREGAÇÃO: reunião de gregos.
ALAGADO: ala da escola que é integrada por bovinos.
ALENCAR: um carro fantasma, do além.
ALOPATIA: dar um telefonema para a tia.
AMADOR: o mesmo que masoquista.
AMAZONAS: apaixonado por áreas de baixo meretrício.
AMERICANA: aguardente fabricada na América.
AMOLAR: cara caseiro justificando sua ausência das ruas.
AMPLIFICADOR: aparelho que aumenta a dor dos torturados.
ANALGÉSICO: produto que suprime a dor na região do ânus.
APAGADOR: sinônimo de analgésico.
ARBUSTO: ar existente entre os seios da mulher.
ARMADURA: pênis em estado de ereção.
ARMARINHO: vento proveniente do mar.
ARTESÃO: aparência de quem está muito excitado.
ASPIRADO: carta de baralho completamente doida.
BACANAL: reunião só de gente bacana.
BARBICHA: boteco para gays.
BARGANHAR: receber um botequim de herança.
BARRACÃO: sujeito que proíbe a entrada de cães.
BIMESTRE: lutador especializado em duas artes marciais.
BISCOITO: repetição do ato sexual.
CAÇADOR: indivíduo que vive procurando sentir dor.
CADEADO: pergunta que faz a mãe do Ado.
CÁLICE : ordem que alguém recebe para ficar calado.
CAMINHÃO: diz-se da estrada que é muito longa.
CANGURU: líder espiritual dos cachorros.
CARRAPATO: carro movido a pato.
CERVEJA: sonho maior de qualquer revista.
CHICOTE: pessoa chamada Francisco, de baixa estatura.
COAGIR: agir em equipe.
COAXAR: achar alguma coisa juntamente com outra pessoa.
COMBUSTÃO: diz-se da mulher que tem seios grandes.
COMPULSÃO: pessoa com pulso grande.
COMUNGUEI: manter relações sexuais com um travesti.
CONCEIÇÃO: elemento de soma. Exemplo: quatro com seis são dez.
CONJUNTIVITE: doença dos olhos que ataca ao mesmo tempo todos os integrantes de um conjunto musical.
CONTRABAIXO: movimento contrário a pessoas de pequena estatura.
CONTRIBUIR: ir para algum lugar acompanhado de muitos índios.
CONVERSÃO: conversa muito prolongada.
COREÓGRAFO: cartógrafo especializado em mapas da Coréia.
CORRIGIU: aviso que deve ser dado ao Gilberto Gil quando algum ladrão se aproximar dele pretendendo assaltá-lo.
CRETINO: indivíduo que nasceu na ilha de Creta.
DECADENTE: pessoa que possui apenas dez dentes.
DECANO: pessoa que costuma entrar pelo cano.
DEMOCRACIA: sistema de governo do inferno.
DEMOGRÁFICO: mapa que controla as atividades do capeta.
DENTIÇÃO: diz-se quando o dente da pessoa está em perfeito estado.
DEPAUPERADO: diz-se quando o sujeito foi operado de fimose.
DESABROCHAR: uma dezena de homens com impotência sexual.
DESBOTAR: diz-se quando a galinha bota dez ovos.
DESCENDENTES: dez pessoas banguelas.
DESCOBRIR: ato de cobrir dez pessoas.
DESDENTADAS: o mesmo que dez mordidas.
DESTILADO: aquilo que não está do lado de lá.
DESVIADOS: uma dezena de homossexuais.
DETERGENTE: ato de prender indivíduos suspeitos.
DETERMINA: prender uma garota.
DEVERÃO: aquilo que pertence à estação do sol, das férias.
DIABETES: dançarinas do capeta.
DISPUTA: quando dois cafetões lutam pela mesma mulher da vida.
DISSÍDIO COLETIVO: sinônimo de saí do ônibus.
DOCUMENTADO: aquele que tem o hábito de passar menta na bunda.
EDIFÍCIO: antônimo de é fácil.
EFICIÊNCIA: estudo sobre as propriedades da letra “F”.
ENCURRALAR: o mesmo que esfolar o ânus.
ENTREGUEI: quando o indivíduo está cercado por homossexuais.
EQUIVALENTE: eqüino muito disposto à luta.
ESFERA: animal selvagem já domesticado.
ESPERTO: diz-se daquilo que passou a ficar distante.
ESTOURO: boi que sofreu operação de mudança de sexo.
EVENTO: constatação de que o que está soprando é mesmo o vento, e não algum furacão ou tornado.
EXÓTICO: aquilo que deixou de ser ótico e passou a ser olfativo ou auditivo..
EXPEDIDOR: diz-se do mendigo que mudou de classe social.
EXTENSO: pessoa que ao contrário de ontem, vive hoje na maior tranqüilidade.
FANTASMA: refrigerante de sabor laranja para asmáticas.
FISCAIS: pedreiro informando que ajudou a construir o cais.
FLUXOGRAMA: direção em que cresce o capim.
FORNECEDOR: que se dedica a agradar os masoquistas.
FUNDADOR: dor profunda.
FURACÃO: objeto perfurante usado para ferir cachorros.
GALPÃO: uma padaria que a Gal acabou de abrir.
GENEROSA: fator genético da rainha das flores.
GENITÁLIA: órgão reprodutor dos italianos.
GINCANA: bebida que mistura gim com pinga.
GRAMÁTICA: estudo os diferentes tipos de gramado.
HALOGÊNEO: forma de se cumprimentar pessoas muito inteligentes.
HOMOSSEXUAL: sabonete para lavar as partes íntimas.
HUMILHANTE: sujeito responsável pelo cultivo do milho.
INTIMAÇÃO: o mesmo que carícias sexuais.
KARMA: expressão usada pelos mineiros para evitar pânico.
LEILÃO: quando a Leila tem mais de dois metros de altura.
LOCADORA: mulher maluca que atende pelo nome de Dora.
MAMADEIRA: madeira que não é de boa qualidade.
MAREMOTO: sinônimo de jet-ski, a motocicleta marinha.
MATE LEÃO: veneno para matar leões.
MÉDICO DE PLANTÃO: botânico especialista em plantas grandes.
MINISTÉRIO: aparelho de som com dimensões reduzidas.
MISSÃO: culto religioso com mais de duas horas de duração.
MORIBUNDA: o mesmo que morar entre as nádegas.
NAMORADA: o mesmo que em casa.
NOTAÇÃO: percepção de um ato ou movimento.
NOVAMENTE: o que ganha o indivíduo quando renova a sua maneira de pensar.
NOVIDADE: data natalícia.

FERNANDO KITZINGER DANNEMANN POR ELE MESMO


Patos de Minas/MG - Brasil, 76 anos


Sou carioca por naturalidade e mineiro por adoção, pois Patos de Minas, onde cheguei há mais de cinqüenta anos, deu a mim o título de filho. Minha redação tem o mesmo estilo simples do palavreado usado pelo cidadão comum, e sua intenção é a de fazer renascer em quem a lê as lembranças do que algum dia já foi visto ou ouvido por ele. Daí a razão das curiosidades, das expressões populares, das fábulas e histórias infantís. A vida me foi pródiga, e por isso a desfruto com prazer. Considero-me um homem realizado, pois além de estar próximo dos oitenta anos de idade, bodas de ouro no casamento feliz, filhos, netos e bisnetos, além de inúmeros amigos também "setentões", tive a felicidade de criar uma cidade imaginária, Periquitinho Verde, onde seus moradores foram nascendo como clones fictícios de pessoas que conheci com prazer (ou mesmo desprazer), e os acontecimentos nela descritos baseados em alguma coisa que aconteceu efetivamente em nosso país.


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